Essa noite as luzes todas apagadas
as entranhas do ser
um apartamento, o fim da mulher
foi um sussuro, dormida seguida
corredor de árvores, uma semente escura
com o mal do mundo a ser digerido dentro dela.
Contemplar seu negrume e deixar que os espinhos existam,
sentei de frente a quebra demanda.
O pio triste lá fora cessou,
a folha de arruda molhada perto do seio
Dei meu leite para as plantas cantando, entoando a tarde de chuva.
Contei do algodão-bravo que grudava em mim
mas lá dentro só havia o meu leite e as mudas tortas.
Contei pra elas como era ser fêmea.
Uma flor rosa refletia a luz protetora, única, previsível do movimento
vento.
Dormi com o rosto na terra.
cinótipo: c
foto: marina arruda
livremente sentido na exposição mind the gap
Por Camila Loreto
as entranhas do ser
um apartamento, o fim da mulher
foi um sussuro, dormida seguida
corredor de árvores, uma semente escura
com o mal do mundo a ser digerido dentro dela.
Contemplar seu negrume e deixar que os espinhos existam,
sentei de frente a quebra demanda.
O pio triste lá fora cessou,
a folha de arruda molhada perto do seio
Dei meu leite para as plantas cantando, entoando a tarde de chuva.
Contei do algodão-bravo que grudava em mim
mas lá dentro só havia o meu leite e as mudas tortas.
Contei pra elas como era ser fêmea.
Uma flor rosa refletia a luz protetora, única, previsível do movimento
vento.
Dormi com o rosto na terra.
cinótipo: c
foto: marina arruda
livremente sentido na exposição mind the gap
Por Camila Loreto